Nos musicais, a Rádio Nacional consagrou cantores como Francisco Alves (o Rei da Voz), Orlando Silva (o Cantor das Multidões), Cauby Peixoto (o Rei do Rádio), Carmélia Alves (a Rainha do Baião), Ademilde Fonseca (a Rainha do Chorinho) e Emilinha Borba (a Favorita da Marinha), que travou com Marlene e Dalva de Oliveira a luta eterna pelo trono do Reinado do Rádio. 
 

Humorísticos


Paulo Gracindo e César de Alencar promoveram os grandes programas de auditório. Entre os programas humorísticos de maior sucesso estão: "PRK-30", comédias que imitavam os principais programas da própria emissora - a Rádio Nacional; "Jararaca e Ratinho", dupla caipira que cantava com humor os acontecimentos e as figuras de destaque da política brasileira; "Balança mas não cai", programa com grande elenco de cantores e radioatores que interpretavam histórias engraçadas, como as da dupla consagrada "Primo Pobre e Primo Rico". 


Radioteatro

 

"Em busca da felicidade" foi a novela que marcou a era do radioteatro. Com os ingredientes de uma boa trama criada por Janete Clair, a novela ficou quase dois anos no ar. O desenvolvimento da produção de radionovela promoveu a busca pela qualidade da linguagem acústica. A sonoplastia com sons produzidos, realísticos, fantasia, somados aos sons ambientes, teve início com os trabalhos do sonoplasta Edmo do Vale. 
Hoje, a engenharia de som pesquisa e trabalha outros tipos de sons ainda não classificados, que promovem na audiência abstrações, como as expectativas, os suspenses, climas, motivando os sentimentos e marcando uma pontuação própria. 

A partir daí, e embora continuasse havendo adaptações de narrativas nacionais e estrangeiras, a telenovela foi absorvendo temas, situações e tipos marcadamente brasileiros, com perspectivas mais realistas e uma linguagem prosaica e contemporânea. Como resultado dessa inflexão, deu-se o aparecimento de autores nacionais ou aqui radicados, que logo adquiriram renome no universo televisivo. Entre tantos, a cubana Glória Magadan, Benedito Rui Barbosa, Oduvaldo Viana, Ivani Ribeiro, Raimundo Lopes, Geraldo Vietri, Lauro César Muniz, Bráulio Pedroso (que, com Beto Rockfeller - 1968/1969 - baseado em um personagem pícaro, revolucionou o gênero), Marcos Rey, Janete Clair, Walter Durst, Chico de Assis, Jorge de Andrade e Dias Gomes (os dois últimos, dramaturgos já consagrados quando contratados para a produção telenovelística), Cassiano Gabus Mendes ou Sílvio de Abreu. Registre-se ainda que as telenovelas brasileiras, sobretudo as da emissora Globo, converteram-se em produto de exportação para vários países da Europa e Ásia.